Guitarrista Robertinho de Recife vai da new age ao electro-rock no ar clássico e futurista do álbum 'Rapsódia de Natal'

Robertinho de Recife lança o álbum 'Rapsódia de Natal', gravado pelo guitarrista com o filho Rob Endraus Divulgação ♫ NOTÍCIA ♬ Guitarrista virtuoso q...

Guitarrista Robertinho de Recife vai da new age ao electro-rock no ar clássico e futurista do álbum 'Rapsódia de Natal'
Guitarrista Robertinho de Recife vai da new age ao electro-rock no ar clássico e futurista do álbum 'Rapsódia de Natal' (Foto: Reprodução)

Robertinho de Recife lança o álbum 'Rapsódia de Natal', gravado pelo guitarrista com o filho Rob Endraus Divulgação ♫ NOTÍCIA ♬ Guitarrista virtuoso que transitou por universos tão díspares quanto a música infantil e o heavy metal, Robertinho de Recife – na certidão de nascimento, Carlos Roberto Cavalcanti de Albuquerque – prefere evidenciar o sentimento, em vez da técnica já notória, no toque das 14 músicas dispostas nas 12 faixas do álbum instrumental Rapsódia de Natal. No disco, lançado neste mês de dezembro de 2025, Robertinho entra com a guitarra e o filho Rob Endraus, com os timbres eletrônicos de sintetizadores. Rob assina a produção musical e a atmosfera eletrônica em que está imerso o álbum Rapsódia de Natal. Para Robertinho, o álbum natalino carrega simbolismo especial porque chega depois de mais um infarto (o terceiro a que o artista sobreviveu) e porque foi em um dia 25 de dezembro que o músico voltou a tocar – de início somente com dois dedos – após dois anos sem poder exercer o dom de guitarrista por ter sofrido grave acidente que o deixou com a mão cheia de parafusos e placas de titânio. “Procurei tirar meu ego no estúdio e respeitei as canções. Quis fazer um disco simples. Não tem aquela fritação de guitarrista”, ressalta Robertinho de Recife, nascido em 5 de novembro de 1953 na cidade incorporada ao nome artístico do músico. Até que nem tão simples assim. O álbum Rapsódia de Natal subverte expectativas em relação às canções. Se Silent night (Franz Gruber e Joseph Mohr, 1818) foi envolvida em ambiência de new age, Santa Claus is comin' to town (Haven Gillespie e J. Fred Coots, 1934) vira electro-rock com vocais robóticos, à moda do grupo Daft Punk, enquanto White Christmas (Irving Berlin, 1942) reaparece em clima mais solar e tropical, com o toque de slide havaiano, e Rockin' around the Christmas tree (Johnny Marks, 1958) evoca um rockabilly da década de 1950 sem perder o espírito natalino. Já Joy to world (Lowell Mason, 1839) combina órgão e beats enquanto What child is this? (Greensleeves) (William Chatterton Dix, 1865) remete a uma balada de banda de heavy metal em dois exemplos de como o álbum Rapsódia de Natal revolve as tradições do cancioneiro natalino com ares futuristas. Detalhe: Robertinho de Recife gravou a maioria das músicas do álbum com a guitarra Fender 62 que toca desde o tempo em que integrava o conjunto de iê-iê-iê Os Moderatos, grupo em atividade no Recife (PE) dos anos 1960. É da fricção entre passado e futuro, entre tradição e eletrônica, que Robertinho de Recife e Rob Endraus avivam em Rapsódia de Natal um repertório que vai do hino litúrgico ao rock, passando pelo swing da música norte-americana da primeira metade do século 20. O Natal de pai e filho é eclético. Capa do álbum 'Rapsódia de Natal', de Robertinho de Recife e Rob Endraus Divulgação

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